Brasileirinho (1949)

Autoria : Música: Waldir Azevedo
Letra: Pereira da Costa
Interpretação: Ademilde Fonseca

"Brasileirinho" foi e continua sendo um dos choros mais executados e de maior sucesso da MPB. Composto pelo grande músico Waldyr Azevedo, ainda no começo de sua brilhante carreira, iniciada em 1940 com a montagem de um conjunto regional passando a se apresentar em programas de calouros em busca de sucesso e de algum dinheiro; em 1942 foi vencedor de dois concursos de calouros nas rádios Cruzeiro do Sul e Guanabara, quando recebeu nota máxima pela interpretação do choro "Camburá" de Pascoal de Barros. Foi em seguida contratado pela Rádio Guanabara e em 1943 passou a atuar profissionalmente no conjunto de Cesar Moreno; mas Waldir tinha sonhos maiores, tanto que conquistou uma vaga no conjunto do famoso violonista Dilermando Reis e algum tempo depois Dilermando o nomeou lider do conjunto; em 1949 quando trabalhava na Rádio Clube, que ficava no mesmo prédio da gravadora Continental, foi ouvido pelo diretor artístico da gravadora, o compositor Braguinha (Carlos Alberto Ferreira Braga apelidado João de Barro) que o convidou a gravar: foi portanto Braguinha quem deu a primeira oportunidade para Waldir Azevedo gravar um disco, o que naquela época era indício de sucesso; assim em sua primeira gravação Waldir e seu conjunto gravaram os choros de sua autoria "Carioquinha" e "Brasileirinho". Pouco tempo depois o mesmo conjunto de Waldir acompanhou Ademilde Fonseca cantando o mesmo "Brasileirinho" com letra de Pereira Costa; esta gravação de Ademilde constituiu-se num sucesso tão grande que Ademilde passou cantar e gravar somente choros. Waldir Azevedo continuou sua brilhante carreira como instrumentista (cavaquinho) e chefe de conjunto, excursionando pelo Brasil e diversos países das Américas e Europa; Foi o maior divulgador do choro executado por conjunto regional;Entre seus sucessos como compositor há o baião "Delicado" gravado por dezenas de intérpretes, sendo a gravação de Percy Faith e sua orquestra nos Estados Unidos a de maior sucesso de público, tendo vendido mais de um milhão de cópias, o que para a época foi um enorme feito, principalmente por ser música brasileira nos Estados Unidos. Foi um dos instrumentistas mais importantes da MPB, tendo sido também excelente compositor: Brasileirinho, Delicado, Carioquinha, Madrigal, Amigos do Samba, Para Dançar, Nosso Amor, Contando Tempo e muitas outras. Gravou na Continental um total de 38 discos 78 rpm, fato raro para gravações apenas musicais sem cantorias. Teve sua biografia lançada em 2000 pelos jornalistas Sérgio Cabral e Eulícia Esteves; o chorinho "Brasileirinho" voltou a ter sucesso internacional por ter sido a música escolhida pela ginasta Daiane dos Santos nas Olimpíadas de Atenas em 2004. Waldir Azevedo faleceu em 1980 aos 77 anos, tendo deixado extensa e profícua obra musical.

Brasileirinho (1949)

O brasileiro, quando é do choro
É entusiasmado
Quando cai no samba
Não fica abafado
E é um desacato
Quando chega no salão


O brasileiro, quando é do choro
É entusiasmado
Quando cai no samba
Não fica abafado
E é um desacato
Quando chega no salão


Não há quem possa resistir
Quando o chorinho brasileiro faz sentir
Ainda mais de cavaquinho
Ou um pandeiro
E um violão na marcação.


Não há quem possa resistir
Quando o chorinho brasileiro faz sentir
Ainda mais de cavaquinho
Ou um pandeiro
E um violão na marcação


Brasileirinho chegou, a coisa apimentou
Com todo mundo a dançar
A noite inteira no terreiro
Até o sol raiar


Quando o baile terminou
A turma não se conformou
Brasileirinho abafou
Até um velho que já andava encostado


Nesse dia se acabou
Pra falar a verdade
Estava conversando
Com alguém de respeito


Rebolei com jeito
E deixei o camarada
Falando sozinho
Gostei, pulei, dancei, gritei, até me acabei,
E nunca mais esquecerei
O tal chorinho, brasileirinho.
 
O brasileiro, quando é do choro
É entusiasmado
Quando cai no samba
Não fica abafado
E é um desacato
Quando chega no salão
 

O brasileiro, quando é do choro
É entusiasmado
Quando cai no samba
Não fica abafado
E é um desacato
Quando chega no salão


Não há quem possa resistir
Quando o chorinho brasileiro faz sentir
Ainda mais de cavaquinho
Ou um pandeiro
E um violão na marcação.


Não há quem possa resistir
Quando o chorinho brasileiro faz sentir
Ainda mais de cavaquinho
Ou um pandeiro
E um violão na marcação.

 

Este trabalho tem por objetivo somente a transmissão de conhecimento, não há fins lucrativos.
As músicas estão num formato de qualidade bem inferior ao original.
Todas as informações e músicas foram extraídas da própria Internet com acesso livre para qualquer pessoa no mundo.
Caso queira utilizar para fins de entretenimento, adquira os CDs originais dos Artistas.