Eu não existo sem você
 (1958)

Composição: Tom Jobim e Vinícius de Moraes

Interpretação: Maysa

Música lançada em 1958, fez parte da trilha sonora do filme "Pista de grama" de Haroldo Costa, onde aparecem Tom ao piano, João Gilberto ao violão e a "Divina" Elizeth Cardoso cantando. Gravada também por Maysa em 1958 no seu LP "Convite para ouvir Maysa nº 3". Composição maravilhosa onde a letra de Vinícius e a música de Tom casam-se harmoniosamente.
"Eu não existo sem você" faz parte da série de músicas românticas dos anos 50, quando a refinada musicalidade de Tom Jobim e a letra de grande erudição de Vinícius marcaram muito essa época.
Antonio Carlos Jobim foi o compositor brasileiro mais famoso dentro e fora do Brasil, na última metade do século XX. Carioca, nascido na Tijuca em 25 de janeiro de 1927, formou com Vinicius de Moraes a mais famosa dupla de compositores da moderna música popular brasileira: provavelmente a dupla mais erudita onde Vinícius era mais letrista e Tom mais compositor. Conheceram-se em 1956, através de Lúcio Rangel, no famoso Bar Gouveia, em frente à Academia Brasileira de Letras, quando foi convidado e aceitou musicar a peça "Orfeu da Conceição" de Vinícius de Moraes. Compuseram juntos músicas maravilhosas como "Se todos fossem iguais a você", "Chega de saudade", "Garota de Ipanema" (uma das músicas mais gravadas em todo o mundo), "Eu sei que vou te amar", "A felicidade", "Insensatez", "Canção de amor e paz", "Ela é carioca", "Eu não existo sem você" e muitas outras. Participaram ativamente das músicas de transição entre a fase de "dor de cotovelo" e a bossa nova. Faleceu dia 8 de dezembro de 1994, aos 67 anos em Nova York.
Vinicius (Marcus Vinícius da Cruz de Melo Morais) é considerado o intelectual brasileiro mais influente e participativo da moderna música popular brasileira. Carioca, nascido na Gávea em 19 de outubro de 1913, formou-se em Direito, já praticando sua vocação poética. Em 1953 Araci de Almeida gravou "Quando tu passas por mim", primeiro samba de Vinícius (com Antonio Maria), dedicado à esposa Tati de Moraes. Vinícius foi um dos intelectuais que mais participou na interligação entre os sambistas populares de morro e os sambistas de cidade, mais eruditos e mais intelectualizados porém não mais sensíveis. Dessa ligação nasceram inúmeras parcerias e músicas históricas.
Vinícius e Tom participaram ativamente do movimento Bossa Nova, um dos mais importantes da música popular brasileira: é da dupla a famosíssima "Chega de saudade" gravada por Elizeth Cardoso no LP "Canção do amor demais", onde João Gilberto tocando violão com sua batida diferente e característica, constituiu-se no marco inicial da Bossa Nova. Vinícius é considerado o maior letrista da MPB, pelo musicólogo Ricardo Cravo Albin, quase uma síntese sofisticada de Orestes Barbosa e Noel Rosa. Vinícius fez também sozinho músicas lindas, como "Serenata do adeus" e "Medo de amar" comprovando seu grande talento musical. Foi homem de extrema sensibilidade, amantíssimo, amou e casou-se com várias mulheres, continuando amigo de todas, amigo leal de seus amigos, faleceu no Rio de Janeiro em 9 de julho de 1980.
Maysa Figueira Monjardim, de tradicional família de classe média alta, desde sua adolescência já gostava de cantar e tocar piano em festas familiares, chegando mesmo a compor algumas músicas. Casou-se muito jovem com André Matarazzo, de família muito rica e em 1956, incentivada por amigos e familiares e já cantora de algum sucesso nos meios sociais de São Paulo, gravou seu primeiro disco: "Convite para ouvir Maysa". Sendo época dos sambas-canções de "dôr de cotovelo", Maysa também aderiu à moda e produziu várias canções nesse estilo sendo "Ouça" o mais famoso, letra e música de sua autoria. Cantora e compositora de sucesso gravava suas próprias músicas. No início da década de 70 passou a dedicar-se ao teatro e televisão, participando da novela "O Cafona" da TV Globo em 1971, tendo inclusive composto o tema musical do personagem central. Além de "Ouça", teve outro grande sucesso como compositora e cantora: "Meu mundo caiu". Artista de grande sensibilidade soube dosar com magníficas interpretações músicas de Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Newton Mendonça, Aloysio de Oliveira, Ronaldo Bôscoli, Roberto Menescal, Luis Bonfá. Viveu e amou intensamente, seguindo talvez o que dizia seu amigo Vinícius de Moraes sobre o amor : "...que seja infinito enquanto dure..." Seu filho único é o diretor de cinema e televisão Jayme Monjardim. Maysa faleceu em janeiro de 1977, num trágico acidente de automóvel na Ponte Rio-Niteroi aos 41 anos de idade.

Dárcio Fragoso




Eu não existo sem você
(1958)

Composição: Tom Jobim e Vinícius de Moraes

Interpretação: Maysa



Eu sei e você sabe

Já que a vida quis assim,

Que nada neste mundo

Levará você de mim,

Eu sei e você sabe

Que a distância não existe

E todo grande amor

Só e bem grande se for triste

Por isso, meu amor

Não tenha medo de sofrer

Pois todos os caminhos

Me encaminham pra você




Assim como o oceano

Só é belo com o luar

Assim, como a canção

Só tem razão se se cantar

Assim como uma nuvem

Só acontece se chover

Assim como o poeta

Só é grande se sofrer

Assim como viver

Sem ter amor

Não é viver

Não há você sem mim

E eu não existo sem você.
 
Assim como o oceano

Só é belo com o luar

Assim, como a canção

Só tem razão se se cantar

Assim como uma nuvem

Só acontece se chover

Assim como o poeta

Só é grande se sofrer

Assim como viver

Sem ter amor

Não é viver

Não há você sem mim

E eu não existo sem você.
 
 
 
Música: Eu não existo sem você
Autoria:
Tom Jobim e Vinícius de Moraes
Interpretação: Maysa
 
Pesquisas e História por Dárcio Fragoso
Plano de fundo  Maysa por Marilene
Projeto ,Formatação e Edição Final : Marilene Laurelli Cypriano

 
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