Samba                         

Letra e música de Adoniran Barbosa

Com "Trem das Onze" Adoniran Barbosa

(João Rubinato) recebeu o maior premio

 de sua carreira, tendo sido premiado no

 concurso de músicas para o carnaval

do IV Centenário da cidade do Rio de Janeiro

em 1965; essa música marcaria definitivamente

 a carreira de Adoniran, tendo reconhecimento

 em todo o país como grande compositor popular;

 Adoniran foi muito feliz nesta composição,

tendo retratado com maestria os problemas

sociais das classes menos favorecidas,

onde o filho único diz à amada não poder ficar

mais tempo namorando, pois tem a obrigação

de voltar para casa e tomar conta da mãe.

Adoniran foi radialista, a partir de 1935

quando o rádio era o único meio de comunicação

 democrático, permitindo a uma pessoa

 simples e sem formação intelectual como ele, 

trabalhar e desenvolver suas aptidões

artísticas e musicais.

Além de comediante de rádio

foi artista de cinema (O Cangaceiro, 1953),

de televisão e compositor.

Autor de mais de cem composições musicais,

as principais foram: Saudosa Maloca,

Trem das Onze, Samba do Arnesto (com Alocim),

 Joga a Chave (com Osvaldo França),

Bom dia Tristeza (com Vinícius de Moraes),

No Morro da Casa Verde, Tiro ao Álvaro

(com Osvaldo Moles),

 Iracema, Só Tenho a Ti (com Hilda Hilst), etc.

Adoniran Barbosa representou muito bem

a cultura popular brasileira dos anos 50 e 60

onde um compositor com pouca instrução

conseguiu retratar os dramas e paixões

 das favelas e cortiços das grandes cidades

especialmente de São Paulo.

Nascido em Jundiai em 6/8/1910,

faleceu em São Paulo em 23/11/1982

Trem das Onze         

   Samba                     

Letra e música de Adoniram Barbosa

 1.965                     

Não posso ficar

Nem mais um minuto com você

Sinto muito amor

Mas não pode ser

Moro em Jaçanã,

 Se eu perder esse trem,

Que sai agora às onze horas,

Só amanhã de manhã.

E além disso mulher

Tem outra coisa

Minha mãe não dorme

Enquanto eu não chegar

Sou filho único,

Tenho minha casa pra olhar.

Tem outra coisa

Minha mãe não dorme

Enquanto eu não chegar

Sou filho único,

Tenho minha casa pra olhar.

( eu não posso ficar ! )

Música: Trem das Onze

Autoria: Letra e Música: Adoniran Barbosa

Interpretação: Demonios da Garoa

História e Pesquisas por Dárcio Fragoso

Imagem trabalhada por Francys Dejtiar

e adquirida da capa do Lp antigo

dos Demônios da Garoa

 Projeto ,Formatação e Edição Final  por             Marilene Laurelli Cypriano

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