O Surdo
(1975)
Samba
Música e letra :
Totonho e Paulinho Rezende
Interpretação :
Alcione
Alcione
ganhou seu primeiro Disco de Ouro já no lançamento de seu primeiro LP
"A voz do samba" de 1975, fato muito raro, graças
ao grande sucesso das faixas "Não deixe o samba morrer" e "O surdo" (Totonho e
Paulinho Rezende). Cantora, compositora e instrumentista
Alcione Nazaré, a Marron como é carinhosamente chamada nasceu em 21/11/1947
em São Luiz MA e desde cedo interessou-se por música por influência do pai,
maestro e professor de música. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1968;
destacou-se ao vencer o programa "A grande chance" de Flávio Cavalcanti e
conseguiu seu primeiro contrato profissional com a TV Excelsior; participou de
inúmeros programas de TV e shows pelo Brasil e no exterior sempre demonstrando
muita sensibilidade e excelente voz principalmente cantando sambas; seu LP de
1977 "Pra que chorar" vendeu 400 mil cópias enorme sucesso para a época. Nos
anos 70 fez parte do famoso trio chamado pelos críticos de "ABC do samba",
composto pelas cantoras Alcione,
Beth Carvalho e Clara Nunes, consideradas as melhores cantoras de samba
do Brasil. Seus maiores sucessos foram: "Ilha de maré" (Lupa e Walmir
Lima), "Pedra que não cria limo" (Vevá Calazans e Nilton Alecrim),
"Pandeiro é meu nome" (Venâncio e Chico da Silva), "Estranha
Loucura" (Michael Sullivan e Paulo Massadas), "Sufoco" (Chico da Silva e
Antonio José), "O surdo" (Totonho e Paulinho Rezende), "Não deixe o samba
morrer" (Edson e Aluísio) e
muitas outras.
Comandou durante dois anos em 1978 e 1979 o
programa "Alerta Geral" na TV Globo, musical dirigido por Augusto Cesar
Vannucci e escrito por Ricardo Cravo Albin. Tem sido ao longo dos anos uma
das melhores cantoras de samba, fazendo shows, tendo gravado trinta
LP's, CD's e DVD's e sempre muito respeitada pela crítica e pelos colegas e
muito querida por seu público.
O
Surdo
(1975)
Samba
Música e letra :
Totonho e Paulinho Rezende
Interpretação :
Alcione
Amigo, que ironia desta vida
Você
chora na avenida
Pro meu povo se alegrar
Eu bato forte em você
E aqui
dentro do peito uma dor
Me destrói
Mas você me entende
E diz que
pancada de amor não dói
Eu bato forte em você
E aqui dentro
do peito uma dor
Me destrói
Mas você me entende
E diz que pancada de
amor não dói
Meu surdo parece absurdo
Mas
você me escuta
Bem mais que os amigos lá do bar
Não deixa que a
dor
Mais lhe machuque
Pois pelo seu batuque
Eu dou fim ao meu pranto e
começo a cantar
Meu surdo bato forte no seu couro
Só escuto este teu
choro
Que os aplausos vêm pra consolar
Amigo, que ironia desta vida
Você
chora na avenida
Pro meu povo se alegrar
Eu bato forte em você
E aqui
dentro do peito uma dor
Me destrói
Mas você me entende
E diz que
pancada de amor não dói
Eu bato forte em você
E aqui dentro
do peito uma dor
Me destrói
Mas você me entende
E diz que pancada de
amor não dói
Meu surdo, velho amigo e companheiro
Da avenida e de terreiro,
De
rodas de samba e de solidão
Não deixe que eu vencido de cansaço
Me
descuide desse abraço
E desfaça e compasso do passo do meu coração
Amigo, que ironia desta vida
Você
chora na avenida
Pro meu povo se alegrar
Eu bato forte em você
E aqui
dentro do peito uma dor
Me destrói
Mas você me entende
E diz que
pancada de amor não dói
Eu bato forte em você
E aqui dentro
do peito uma dor
Me destrói
Mas você me entende
E diz que pancada de
amor não dói
Eu bato forte em você
E aqui dentro
do peito uma dor
Me
destrói
Música: O
Surdo
Autoria: Totonho e Paulinho Rezende
Interpretação:
Alcione
Pesquisas e História
por Dárcio Fragoso
Plano de fundo:Alcione pela webdesigner Francys Dejtiar
Imagens adquiridas em
E-Groups de Trocas
Projeto ,Formatação e Edição Final : Marilene Laurelli
Cypriano
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